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O despertar da lua - O pior Aniversario 2

Bom, eu tive uma critica construtiva de um leitor, e dei uma melhorada no 1º capitulo do livro, eu mudei algumas coisas, nomes, etc:


Naquela sexta-feira estava tudo normal como sempre, ir aquela escola era horrível, eu tinha que atravessar a cidade de ônibus, porque meus pais e eu nos mudamos para outro bairro, pois morávamos com a minha avó, então eles conseguiram comprar uma casa. Todos os dias eram a mesma coisa, acordava muito cedo, pegava o ônibus que normalmente se atrasava, chagava naquela escola, onde todos me olhavam como se eu fosse uma estranha, eu já estudava lá há nove anos, eu não quis trocar de escola no meio do ano, mas aquela semana tinha sido a pior do ano, eu passei a maior vergonha minha melhor amiga fez com que eu fosse falar com o garoto que eu gosto o nome dele era Miguel, mas eu não tive coragem e sai correndo. Todo mundo disse que eu tinha sido uma burra, e estragado todas as minhas chances com ele. O bom disso tudo é que era sexta, e no sábado era o meu aniversario de quinze anos.
Cheguei em casa antes dos meus pais, eram umas 4 horas da tarde, estava tudo normal, liguei a TV e olhei um pouco de desenho, fui até a cozinha tomei um copo de água e peguei na minha mochila o cereal integral que tinha comprado no mercado perto da escola, eu adorava aquele cereal de chocolate, minha mãe dizia, que parecia coco de coelho, eu ria da cara dela por isso. Liguei meu notebook, que estava sempre cheio de marcas de dedos, minhas senhas sempre foram muito bobas, normalmente eu colocava o nome das minhas coisas favoritas como nomes de bandas, livros, atores, etc... Mas dessa vez era o nome do meu cantor favorito, de uma banda da Alemanha, eu vivia falando dele para minhas amigas. Sempre foi meu sonho conhecer ele. Eu chequei meus e-mails e o meu horóscopo, entrei em alguns sites de jogos, comecei a olhar minha serie favorita, Sobrenatural, o décimo quarto episodio da segunda temporada, Sam e Dean que eram os personagens, estavam lutando quando meu pai chegou já eram 6 horas, trouxe com sigo algumas sacolas cheias de compras, como ele sempre fazia compras na sexta feira, comprava frutas e legumes. Ele guardou tudo na geladeira e foi tomar banho, logo em seguida acabou a serie e o meu cereal. Fui à cozinha levar o copo e depois peguei meu caderno de matemática para fazer o desafio que a professora passou de tema, estava quase terminando quando minha mãe chegou, reclamou um pouco do trabalho e foi com o meu pai sentar lá fora e conversar como eles sempre faziam.
Meu irmão e a esposa dele chegaram em casa, que por sinal ficava do outro lado da rua. Depois de uma meia hora vieram se juntar com os meus pais, para conversar. Eu olhei mais um episódio do Sobrenatural, e fui pegar um copo d’água e me juntar com eles, eles estavam falando sobre um acidente, que tinha acontecido em uma cidade vizinha, minha mãe me mandou ligar para a pizzaria e encomendar uma pizza, eu entrei e fui direto ao telefone, liguei e pedi uma pizza de calabresa e frango, como sempre fazíamos isso toda sexta – feira. Voltei para o notebook, a janelinha do MSN piscava, era uma das minhas melhores amigas, o nome dela era Luiza, ela queria saber como eu estava me sentindo com aquilo que aconteceu na hora do recreio daquele mesmo dia, eu reclamei para ela, que a minha outra melhor amiga, que se chamava Carolina, tinha passado dos limites e que aquele dia só tinha escapado de ser o pior dia da minha vida porque cada dia piora muito mais. Ela disse para mudarmos de assunto, que isso estava, me deixando deprimida, ela realmente me entendia. A pizza veio, meus pais e eu jantamos. Depois eles sentaram para olhar novela e eu continuei conversando com a Luiza, minutos depois Carolina entrou no MSN e eu a xinguei pelo que ela tinha feito, ela disse que eu era culpada, e que eu não tinha nada que ter saído correndo. Eu a mandei cuidar da vida dela e para de se meter na minha, ela ficou braba comigo e saiu do MSN, comecei a jogar um jogo de RPG e continuei conversando com Luiza até umas 10 horas daí ela teve que ir dormir. Luiza era muito CDF, ia dormir muito cedo e eu e ela estávamos sempre competindo pra ver quem era mais inteligente, mas sempre havia coisas que eu sabia mais que ela e coisas que ela sabia mais que eu, então a nós nunca sabíamos quem era mais inteligente.
Eu continuei jogando até onze e meia, e fui dormir. Eu sempre demorei a pegar no sono, mas quando deu meia noite, uma forte dor de cabeça que foi se espalhando por todo meu corpo começou a surgir, nunca tinha sentido tanta dor na minha vida, meus olhos estavam pesados demais e então percebi que já estava sonhando, podia ver minha antiga casa, tão fria e vazia, aquela casa me trazia muita magoa e dor, eu não podia mais agüentar ficar lá dentro, o ar estava muito pesado, sai de lá, era um dia nublado com um nevoeiro muito grande quase não enxergava nada, andei por uma rua conhecida, mas estava tão cinza e silenciosa que foi meio difícil de crer que era a mesma rua onde minha mãe trabalhava. Parecia um jogo de terror que eu jogava quando era criança, quando cheguei ao final da rua já era noite, eu sentia uma presença estranha como se alguma coisa estivesse me observando. Aquela rua nunca esteve lá antes, as casas eram de madeira, como aquelas dos estados unidos, tinham postes de luz muito antigos por toda rua, mas aquela rua também estava lá, uma sensação estranha me tomou por completo, era medo, mas medo do que eu estava sonhando nada iria me acontecer. Bem na esquina do outro lado da rua havia uma placa escrita Alameda dos Sonhos, uma voz masculina me chamou:     
- Violet! Violet! – nunca tinha ouvido essa voz antes – Venha até mim Violet! – a voz vinha do final da rua.
Quanto mais eu caminhava mais parecia estar longe, essa voz que me chamava, mas parecia um sussurro. Corria e tropeçava em direção à voz, estava chegando perto do fim, havia uma casa branca do lado direito da rua, suas janelas estavam fechadas, mas a porta da frente tinha uma pequena fresta aberta pensei ter visto alguém na varanda, mas não a ninguém a rua de pedra acabava logo depois da casa, havia uma trilha em direção a floresta. Eu olhei para trás, mas não havia ninguém lá, foi quando a voz, que agora era mais audível, do que antes, gritou:
- Continue em frente Violet – Mesmo não reconhecendo quem era, sabia que era um homem, pelo tom. Mas como ele sabia o meu nome? Ele gritou mais uma vez, porem agora com um tom de impaciência – Violet ande logo não posso ficar aqui pela eternidade.
A lua iluminava a floresta fria, tudo tinha um tom de azul escuro, meio morto, não havia som nenhum a claridade que vinha da lua por entre o topo das arvores era a única luz existente. As arvores pareciam mortas, uma leve brisa, fazia com que as folhas no chão se mexam por entre os troncos. Estava chegando perto, quando vi apenas a estatua de um anjo, tão lindo, pálido feito de mármore, ele estava sentado encima de uma rocha, a lua com sua luz azulada e pálida o iluminavam, mas era apenas uma estatua fria de pedra. Eu estava prestes a ir embora quando a estatua falou.
- Violet espera! Não vá, posso apenas parecer uma estatua, mas estou vivo, olhe de novo – Como uma estatua poderia falar? Eu pensei apavorada e porque estava falando comigo?
- Quem é você? E como sabe meu nome? – ele se mexeu como se estivesse acordado de um sonho e andou divagar em minha direção, com um lindo sorriso no rosto.
- Parece que você não se lembra do seu passado Violet – ele era mais alto que eu, pelo menos uns dez centímetros, seus cabelos negros e compridos amarrados na nuca, seus olhos eram vermelhos, sua pele era pálida e seu sorriso encantador, ele estava usando uma camisa de manga comprida branca aberta e uma calça jeans preta – estou feliz em ver você minha irmã.
- Eu não sou sua irmã, eu nem conheço você, quem é você? – quem era ele, como sabia meu nome, eu só tinha um irmão – Me diga logo o seu nome, se não vou começar a gritar!
- Não seja tola, minha irmã, não a ninguém aqui que possa te ouvir – seu sorriso antes encantador transformou se em um sorriso seco e sarcástico – Meu nome é Alexander, sou seu irmão gêmeo.
- Mas meu irmão gêmeo morreu ainda na barriga da minha mãe – ele devia estar louco.
- Como você é tola, eu não nasci, pois já estava vivo – seu rosto estava com um ar mais serio – Depois de milênios procurando por você finalmente eu te encontrei.
- Milenios? Mas como isso pode acontecer? – eu murmurei para mim mesma – Então o que você é?
- A mesma criatura que você está se tornando – ele me olhou com um ar de curiosidade – Você continua a mesma de milênios atrás.
Ele era tão frio e pálido que até o confundi como uma estatua, seus olhos eram de um vermelho, cor de sangue, ele falou que viveu há milênios, eu só podia estar louca, mas todas as evidências me levavam a crer que ele era um vampiro, e se ele era um vampiro eu estava me transformando em um também, é eu devia estar mesmo enlouquecendo, eu lembrei que era só um sonho, foi quando ele interrompeu meus pensamentos:      
- Eu e você somos exatamente isso Violet – ele me olhou com um sorriso magnífico – Sim nós somos Vampiros.
- Você só pode estar brincando comigo!
- Claro que não estou brincando com você. Como poderia saber o que você estava pensando agora apouco? – ele me olhou com um olhar desafiador eu hesitei dando um passo para trás.
- Não tenha medo eu não vou te machucar.
- Mas você é um vampiro.
- E você também é um, mas vamos encerrar esse assunto, tenho coisas mais importantes para te falar.
- Então fale de uma vez, eu já não agüento mais tanta embromação.
- Você deve voltar pela rua aonde veio, vire à esquerda e entre na primeira porta verde que você ver, logo ira acordar e vai se lembrar de todo o seu passado. Tome cuidado, tente não matar ninguém nas próximas 24 horas, se não você ira ficar totalmente dependente de sangue humano, vá para a floresta mais próxima e mate algum animal, eu estarei esperando por você lá. Irei te contar mais sobre o que nós somos. – seus olhos calmos olhavam minha expressão.
- Não sei se posso dizer que foi bom conhecer você. Ate mais.
- Até mais minha irmã.
Corri como se minha vida dependesse disso, por entre as arvores corri como nunca, tropecei milhares de vezes e quase cai, quando voltei até a rua olhei duas vezes para trás, mas ele já não estava mais lá. Tropecei em uma pedra na rua e cai de joelhos de tanto medo que tive na hora. Já era de manhã, a rua que antes fria e escura, estava cheia de cor e vida, mas ainda vazia. A casa da noite anterior era uma simples moradia vazia e menos assustadora do que quando era noite. Caminhei pela rua estreita de pedra, vi a mesma placa  estava apagada, nada estava escrito lá como da ultima vez. Virei à esquerda, a rua que antes era conhecida ficou completamente estranha, uma porta verde, de madeira e trinco de ferro, daquelas antigas, a casa era branca e tinha janelas altas, no mesmo tom de verde, pinheiro. Parecia estar trancada, a chave devia estar em baixo do tapete, o trinco estava muito duro, foi difícil de abrir a porta, minhas mãos doíam, quando finalmente consegui uma luz muito forte me cegou... 

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